Adultos são os que mais se acidentam com fogos de artifício, expõem dados do HGE-AL


Em
2016, a unidade de emergência atendeu 759 vítimas de queimaduras durante o
período junino. Do total, 314 eram adultos com idade entre 31 e 50 anos.

Os
acidentes com fogos de artifício durante os festejos juninos não consideram
idade. Contrariando a ideia de que crianças e adolescentes estão mais
vulneráveis aos riscos provocados pelas brincadeiras com fogos, em 2016 foram
os adultos que inflaram os números de atendimento por queimaduras no Hospital
Geral do Estado (HGE).
Segundo
o HGE, das 759 pessoas que procuraram atendimento médico por conta de
queimaduras no ano passado, 314 eram adultos, pessoas que tinham entre 31 e 50
anos de idade. Ficando 232 vítimas com idades até 10 anos e 213 jovens com
idades entre 11 a 30 anos.
Por
conta disso, profissionais do HGE recomendam atenção nestas festas juninas
durante às brincadeiras com fogos.
O
fisioterapeuta Marcus Aurélio Medeiros Costa diz que ao fazer uso de fogos de
artíficio é preciso que pessoas redobrem a atenção. Mas, se mesmo assim o
acidente ocorrer, a vítima deve evitar tratar o ferimento com práticas
populares à exemplo do uso de manteiga, pó de café, pasta de dente ou qualquer
outro produto inapropriado.
“Em
casos de queimadura o importante é limpar o ferimento com água corrente que
esteja em temperatura ambiente. Pois, esses tipos de produtos inadequados além
de dificultarem a limpeza e os cuidados das queimaduras no hospital, eles podem
aprofundar as lesões e ainda provocarem infecções”, diz Costa.
“Assim,
o mais recomendável é que após refriar e lavar a área afetada, a pessoa envolva
a lesão com um tecido limpo e seco, para em seguida procurar auxílio médico”,
completa o fisioterapeuta.
Acidentes
Dentro
das estatísticas de feridos durante o período junino o advogado Cláudio
Andrade, 36 anos, conta que sofreu um acidente com um pistolão quando tinha 26
anos.
“Fiz
tudo corretamente, mas o pistolão falhou. Em vez de subir, sair por cima, ele
desceu, e um dos pistolões estourou na minha cabeça. Fui às pressas para o
hospital, e acabei levando sete pontos”, disse.
Ao
chegar no hospital, Carlos foi alertado sobre os riscos. Ele poderia ter
perdido a visão e uma das orelhas. “O estouro seria bem no meu rosto. Quando
percebi o perigo, virei rapidamente”, relata. Após o susto e se recuperar do
acidente sem sequelas, ele não voltou a manusear fogos de artifício.

para Lúcia Santos, 48 anos, os danos foram permanentes. Ela se acidentou quando
tinha 9 anos de idade com um foguete que foi lançado por uma outra pessoa. Na
ocasião, ela teve lesões que resultaram em perda auditiva.
“Só
lembro de ver os objetos que estavam perto de mim serem lançados no ar e caírem
aos pedaços. No momento, não senti nada além do susto. Só fiquei parada,
imóvel”, relata Lúcia que ainda hoje possui traumas físicos e psicológicos por
conta da lesão.
Lúcia
não foi para o hospital, já que não haviam ferimentos visíveis no corpo.
Somente aos 17 anos de idade, percebeu que algo estava errado. Ao ser
diagnosticada, ela teve a certeza de que as sequelas do episódio mudariam o
rumo de toda a sua vida.
 Fonte: G1 AL

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