Nem
salões de beleza e barbearias, conforme havia orientado o presidente Jair
Bolsonaro.
salões de beleza e barbearias, conforme havia orientado o presidente Jair
Bolsonaro.
A
inclusão de academias e salões de beleza entre atividades essenciais, feita na
segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, gerou uma reação negativa entre
os governadores, que não devem acatar a mudança nas regras.
inclusão de academias e salões de beleza entre atividades essenciais, feita na
segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, gerou uma reação negativa entre
os governadores, que não devem acatar a mudança nas regras.
“Aqui
no Maranhão nós sabemos que a terra é redonda e que precisamos cuidar do
coronavírus com seriedade. Vai continuar a valer o decreto estadual”,
disse à Reuters o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB).
no Maranhão nós sabemos que a terra é redonda e que precisamos cuidar do
coronavírus com seriedade. Vai continuar a valer o decreto estadual”,
disse à Reuters o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB).
Em
sua conta no Twitter, o governador ainda ironizou: “O próximo decreto de
Bolsonaro vai determinar que passeio de jet ski é atividade essencial?”,
escreveu, referindo-se ao passeio do presidente no sábado, quando o país
chegava aos 10 mil mortos pela covid-19.
sua conta no Twitter, o governador ainda ironizou: “O próximo decreto de
Bolsonaro vai determinar que passeio de jet ski é atividade essencial?”,
escreveu, referindo-se ao passeio do presidente no sábado, quando o país
chegava aos 10 mil mortos pela covid-19.
O
Maranhão foi o primeiro a iniciar um lockdown, a versão mais restrita do
isolamento, na capital São Luís e na sua área metropolitana para tentar conter
o avanço da epidemia. A capital maranhense já é a terceira cidade com mais
casos e mais óbitos por 1 milhão de habitantes.
Maranhão foi o primeiro a iniciar um lockdown, a versão mais restrita do
isolamento, na capital São Luís e na sua área metropolitana para tentar conter
o avanço da epidemia. A capital maranhense já é a terceira cidade com mais
casos e mais óbitos por 1 milhão de habitantes.
Da
mesma forma, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) rechaçou qualquer
mudança. Seu Estado está com lockdown em Belém e outras nove cidades onde há
mais casos.
mesma forma, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) rechaçou qualquer
mudança. Seu Estado está com lockdown em Belém e outras nove cidades onde há
mais casos.
“Reafirmo
que aqui no Pará essas atividades (academias e salões de beleza) permanecerão
fechadas. A decisão é tomada com base no entendimento do STF”, escreveu o
governador em sua conta no Twitter.
que aqui no Pará essas atividades (academias e salões de beleza) permanecerão
fechadas. A decisão é tomada com base no entendimento do STF”, escreveu o
governador em sua conta no Twitter.
No
Ceará, onde o sistema de saúde já está praticamente em colapso, o governador
Camilo Santana (PT) foi na mesma linha: “Informo que, apesar do presidente
baixar decreto considerando salões de beleza, barbearias e academias de
ginástica como serviços essenciais, esse ato em nada altera o atual decreto em
vigor no Estado do Ceará, e devem permanecer fechados. Entendimento do Supremo
Tribunal Federal”, escreveu Santana. Fortaleza também está em lockdown.
Ceará, onde o sistema de saúde já está praticamente em colapso, o governador
Camilo Santana (PT) foi na mesma linha: “Informo que, apesar do presidente
baixar decreto considerando salões de beleza, barbearias e academias de
ginástica como serviços essenciais, esse ato em nada altera o atual decreto em
vigor no Estado do Ceará, e devem permanecer fechados. Entendimento do Supremo
Tribunal Federal”, escreveu Santana. Fortaleza também está em lockdown.
Os
governadores de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), do Piauí, Wellington Dias (PT)
e da Bahia, Rui Costa (PT), também foram às redes afirmar que não seguirão o
decreto presidencial.
governadores de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), do Piauí, Wellington Dias (PT)
e da Bahia, Rui Costa (PT), também foram às redes afirmar que não seguirão o
decreto presidencial.
Já
o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não comentou diretamente o tema,
mas listou as atividades econômicas que poderão ficar abertas no Estado. Entre
elas não estavam academias e salões de beleza. O governador do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também anunciou que não cumprirá o decreto.
o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não comentou diretamente o tema,
mas listou as atividades econômicas que poderão ficar abertas no Estado. Entre
elas não estavam academias e salões de beleza. O governador do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também anunciou que não cumprirá o decreto.
Os
governadores se referem à decisão do plenário do STF que entendeu que cabe a
Estados e municípios determinarem o que pode ou não abrir durante os períodos
de isolamento social para conter o avanço da Covid-19, doença respiratória
provocada pelo novo coronavírus e que já matou mais de 11 mil pessoas no
Brasil.
governadores se referem à decisão do plenário do STF que entendeu que cabe a
Estados e municípios determinarem o que pode ou não abrir durante os períodos
de isolamento social para conter o avanço da Covid-19, doença respiratória
provocada pelo novo coronavírus e que já matou mais de 11 mil pessoas no
Brasil.
Incomodado,
Bolsonaro critica constantemente essa decisão e, na semana passada, chegou a
levar um grupo de empresários para uma reunião surpresa com o presidente do
Supremo, Dias Toffoli, para que reclamassem das restrições impostas pelos
governadores.
Bolsonaro critica constantemente essa decisão e, na semana passada, chegou a
levar um grupo de empresários para uma reunião surpresa com o presidente do
Supremo, Dias Toffoli, para que reclamassem das restrições impostas pelos
governadores.
Na
manhã desta terça-feira, ao conversar com apoiadores em frente ao Alvorada,
voltou a dizer que não tem responsabilidade sobre as restrições.
manhã desta terça-feira, ao conversar com apoiadores em frente ao Alvorada,
voltou a dizer que não tem responsabilidade sobre as restrições.
“O
Supremo deu poder para os governadores decidirem isso. Se fosse comigo seria
diferente”, afirmou.
Supremo deu poder para os governadores decidirem isso. Se fosse comigo seria
diferente”, afirmou.
O
decreto foi publicado na noite de segunda-feira e Bolsonaro afirmou que outros
virão. O presidente tem usado o decreto de atividades essenciais para burlar as
proibições regionais de funcionamento de comércio e serviços. Este é o terceiro
que inclui mais atividades entre as essenciais.
decreto foi publicado na noite de segunda-feira e Bolsonaro afirmou que outros
virão. O presidente tem usado o decreto de atividades essenciais para burlar as
proibições regionais de funcionamento de comércio e serviços. Este é o terceiro
que inclui mais atividades entre as essenciais.
Na
semana passada, na reunião com empresários, incluiu atividade industrial e
construção civil. Antes, foram as igrejas e templos religiosos e lotéricas.
semana passada, na reunião com empresários, incluiu atividade industrial e
construção civil. Antes, foram as igrejas e templos religiosos e lotéricas.
Perguntado
sobre o decreto, anunciado quando estava em uma entrevista, o ministro da
Saúde, Nelson Teich, demonstrou que não sabia da decisão presidencial. Disse
que ela não passava pelo Ministério da Saúde, mas que todas as decisões podem
ser revistas.
sobre o decreto, anunciado quando estava em uma entrevista, o ministro da
Saúde, Nelson Teich, demonstrou que não sabia da decisão presidencial. Disse
que ela não passava pelo Ministério da Saúde, mas que todas as decisões podem
ser revistas.
O
decreto também pode enfrentar a resistência de parlamentares. O deputado
Marcelo Freixo (PSOL-RJ) informou que irá apresentar um projeto para derrubar a
medida assinada por Bolsonaro. Apesar de decretos não precisarem da aprovação
do Congresso, os deputados podem anular essas decisões presidenciais.
decreto também pode enfrentar a resistência de parlamentares. O deputado
Marcelo Freixo (PSOL-RJ) informou que irá apresentar um projeto para derrubar a
medida assinada por Bolsonaro. Apesar de decretos não precisarem da aprovação
do Congresso, os deputados podem anular essas decisões presidenciais.
Fonte: UOL