Abatedouro clandestino é interditado e mais de 300 kg de carne são incinerados em Santana do Ipanema

Duas
pessoas foram presas e levadas para a Delegacia Regional da cidade.
FPI
flagra víceras de animais sendo cozidas e cabeças de porcos 

Um
abatedouro clandestino que funcionava na periferia de Santana do Ipanema,
município do Sertão alagoano, foi interditado na noite de terça-feira (13) pela
Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), coordenada pelo Ministério Público do
de Alagoas (MP-AL). A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira
(14). 
Os
abatedores foram pegos em flagrante enquanto cortavam a carne dos animais. Dois
grandes caldeirões cozinhavam as vísceras de cinco porcos abatidos momentos
antes da chegada da equipe de fiscalização. Estes já se encontravam armazenados
em um casebre de madeira, aos fundos do terreno, sem qualquer apego à higiene
ou inspeção sanitária. 
Dois
líderes do abatedouro foram encaminhamos à Delegacia Regional de Santana do
Ipanema e responsabilizados criminalmente com base no artigo 54 da Lei 9605/98
de crimes ambientais, popularmente conhecida como Lei da Vida, com pena de um a
quatro anos, tendo direito a fiança. 
Os
representantes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) ainda lavraram dois autos de
infração por falta de licença ambiental e por lançamento de resíduos. Juntas,
as multam superam o valor de seis mil reais. Já a Agência de Defesa e Inspeção
Agropecuária de Alagoas (Adeal), encaminhou os porcos abatidos, mais de 300
quilos de carne, para incineração. 
No
local, foram encontrados caldeirões e grandes mesas de corte, cabeças de porcos
penduradas com guinchos escorriam sangue fresco que molhava o chão, dividido
entre cachorros, gatos e crianças que transitavam normalmente. O abatedouro
funcionava aos fundos de pequenas casas onde mora uma só família, todos vivendo
direta ou indiretamente do abate clandestino. 
“Percebemos
que as pessoas não tinham a informação necessária. São cinco pessoas da mesma
família que só vivem disso. O impacto vai ser muito grande e é bastante
provável que eles não voltem a trabalhar com isso”, contam os técnicos da
equipe. 
Participaram
da equipe de fiscalização membros do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA),
Adeal, Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV ), Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (Crea), IMA, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e MP/AL.

Fonte: G1 AL

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