Cerâmicas indígenas são localizadas em Mata Grande

Artefatos
líticos também foram encontrados por arqueólogos contratados pelo DNIT.
Foto: Ricardo Lima
Os
moradores do povoado de Poço Branco, no município de Mata Grande, estão
curiosos para saber sobre os setes sítios arqueológicos identificados na
comunidade. O mapeamento destes pontos foi feito no início das obras, em
novembro de 2016. O trabalho é de responsabilidade da Gestão Ambiental da BR-316/AL,
executada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que já realiza o resgate
arqueológico de um dos pontos encontrados.
O
objetivo do trabalho de resgate arqueológico é de guardar e conhecer a cultura
histórica do local. “É um lugar com o chão muito compactado e trabalhamos para
retirar o máximo de material arqueológico possível, pois futuramente é
importante que a população tenha o conhecimento do seu passado”, ressalta Jani
Ribeiro, arqueóloga de campo do Programa de Monitoramento e Resgate Arqueológico
(PARQUEO).
Atualmente,
a equipe realiza o resgate no sítio arqueológico próximo à Escola do Poço
Branco. Neste ponto, que é o primeiro a ser resgatado, foram encontradas
cerâmicas indígenas, como potes, panelas e outros utensílios domésticos, além
de artefatos líticos, a exemplo de lascas de pedra provavelmente utilizadas
para cortar e raspar.
Todo
material recolhido está acondicionado e será entregue no Instituto Histórico e
Geográfico de Alagoas (IHGAL). Após o término das escavações, o Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) fará uma avaliação e, a depender do
parecer, liberará as áreas para que o Consórcio Ápia-Convap-Consol, responsável
pela obra na rodovia, possa começar as atividades nesses locais.
O
Sítio Furna da Onça já foi parcialmente liberado. Não há uma previsão para a
liberação dos outros sítios arqueológicos, já que o serviço depende, por
exemplo, da quantidade de material encontrado em cada ponto. Quando
identificados, os sete sítios arqueológicos ganharam uma ficha de registro para
cada um no IPHAN, na intenção serem incluídos no Cadastro Nacional de Sítios
Arqueológicos.
O
trabalho do PARQUEO é realizado especificamente no Segmento 1, que começa na
divisa com o Estado do Pernambuco, na ponte sobre o rio Moxotó, e segue até a
cidade de Canapi. Um trabalho de educação patrimonial também será feito pela
equipe.
O
PARQUEO integra a Gestão Ambiental da BR-316/AL, executada pela Universidade
Federal de Viçosa (UFV). A obra de Implantação e Pavimentação da BR-316/AL
segue os preceitos da Política Ambiental do Ministério dos Transportes e as
medidas de compensação exigidas pelo licenciamento ambiental federal, conduzido
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).





Fonte: Gestão Ambiental da BR-316/AL

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