Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária recomenda proporção de 5 para 1.
Agentes cobram concurso público para facilitar trabalho nos presídios.
Nacional de Política Criminal e Penitenciária recomenda proporção de 5 para 1.
Agentes cobram concurso público para facilitar trabalho nos presídios.
Rebeliões
recentes em alguns estados do país relembram que os presídios são verdadeiras
bombas prontas para explodir a qualquer momento. Um dos principais problemas do
sistema carcerário é a a grande quantidade de presos para um baixo número de
agentes penitenciários.
recentes em alguns estados do país relembram que os presídios são verdadeiras
bombas prontas para explodir a qualquer momento. Um dos principais problemas do
sistema carcerário é a a grande quantidade de presos para um baixo número de
agentes penitenciários.
Problema
comum também aos presídios de Alagoas. Um levantamento do G1 com base em dados
da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) mostra que
há 6.540 presos e apenas 624 agentes, uma proporção de 10,5 detentos para cada
agente.
comum também aos presídios de Alagoas. Um levantamento do G1 com base em dados
da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) mostra que
há 6.540 presos e apenas 624 agentes, uma proporção de 10,5 detentos para cada
agente.
Brasil
tem média de 7 presos por agente; 19 estados descumprem limite recomendado
tem média de 7 presos por agente; 19 estados descumprem limite recomendado
Em
1 ano, nº de presos provisórios cai, mas prisões seguem 70% acima da capacidade
1 ano, nº de presos provisórios cai, mas prisões seguem 70% acima da capacidade
MAPA
mostra número de presos por agente em cada estado
mostra número de presos por agente em cada estado
ANÁLISE:
Crime organizado tem na cadeia seu maior eixo de poder
Crime organizado tem na cadeia seu maior eixo de poder
ANÁLISE:
Rebeliões forçaram governos a rever política de sempre
Rebeliões forçaram governos a rever política de sempre
Esse
índice, muito acima do recomendado pelo Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária, que é de apenas 5 presos para cada agente, reforça a cobrança
da categoria por concurso público.
índice, muito acima do recomendado pelo Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária, que é de apenas 5 presos para cada agente, reforça a cobrança
da categoria por concurso público.
A
equipe de reportagem entrou em contato com a Seris para saber se havia alguma
solução sendo estudada para este déficit, mas não teve resposta.
equipe de reportagem entrou em contato com a Seris para saber se havia alguma
solução sendo estudada para este déficit, mas não teve resposta.
Em
entrevista ao G1, o agente penitenciário Mickael Fabrício Sarmento Câmara, que
atua na área há quase 11 anos, lamenta a falta de investimento. “No Presídio do
Agreste, em Girau do Ponciano, tem 50, 60 funcionários trabalhando por dia,
porque é empresa. Aqui (na capital) não temos essa valorização. Trabalhamos em
presídio superlotado com 10, 15 agentes. Não dá para fazer com maestria nosso
serviço” (veja no vídeo acima).
entrevista ao G1, o agente penitenciário Mickael Fabrício Sarmento Câmara, que
atua na área há quase 11 anos, lamenta a falta de investimento. “No Presídio do
Agreste, em Girau do Ponciano, tem 50, 60 funcionários trabalhando por dia,
porque é empresa. Aqui (na capital) não temos essa valorização. Trabalhamos em
presídio superlotado com 10, 15 agentes. Não dá para fazer com maestria nosso
serviço” (veja no vídeo acima).
No
Complexo Prisional de Alagoas, há 3.673 vagas. O estado não é o único com mais
presos do que vagas, outros 20 se encontram na mesma situação.
Complexo Prisional de Alagoas, há 3.673 vagas. O estado não é o único com mais
presos do que vagas, outros 20 se encontram na mesma situação.
O
agente Fabrício, que já passou por diversas unidades prisionais e hoje trabalha
como chefe de plantão na Penitenciária de Segurança Máxima, em Maceió, afirma
ainda que duas grandes facções criminosas, com forte atuação dentro e fora dos
presídios, ganharam muita força nos últimos anos.
agente Fabrício, que já passou por diversas unidades prisionais e hoje trabalha
como chefe de plantão na Penitenciária de Segurança Máxima, em Maceió, afirma
ainda que duas grandes facções criminosas, com forte atuação dentro e fora dos
presídios, ganharam muita força nos últimos anos.
“O
número de pessoas que entraram nessas facções aumentou muito nos últimos anos.
Eles estão lá, 24 horas, sem nada para fazer, e tentam impor a lei da facção
deles, intimidar servidores, fugir, manter comunicação com o mundo exterior
através dos familiares. Hoje, podemos dizer que as facções estão sob controle”,
garante o agente.
número de pessoas que entraram nessas facções aumentou muito nos últimos anos.
Eles estão lá, 24 horas, sem nada para fazer, e tentam impor a lei da facção
deles, intimidar servidores, fugir, manter comunicação com o mundo exterior
através dos familiares. Hoje, podemos dizer que as facções estão sob controle”,
garante o agente.
Os
membros de facções rivais são mantidos em módulos diferentes, para que não
tenham contato. De tempos em tempos, a secretaria faz a transferência de alguns
deles para presídios diferentes, o que também costuma provocar revolta nos
familiares. A principal reclamação é que seus parentes presos correm risco após
essas movimentações.
membros de facções rivais são mantidos em módulos diferentes, para que não
tenham contato. De tempos em tempos, a secretaria faz a transferência de alguns
deles para presídios diferentes, o que também costuma provocar revolta nos
familiares. A principal reclamação é que seus parentes presos correm risco após
essas movimentações.
“A
gente não consegue atender a todas as demandas. Nosso déficit de pessoal
dificulta nosso trabalho e facilita a interação e o fortalecimento das
organizações. Mas, pelos números da Seris e do Estado, o Sistema Prisional
alagoano é modelo a ser seguido. Os números de fugas e mortes têm diminuído,
assim como de ilícitos encontrados. Antes, um celular, por exemplo, custava R$
500. Hoje, entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. E isso, por causa do nosso trabalho”,
afirma Fabrício.
gente não consegue atender a todas as demandas. Nosso déficit de pessoal
dificulta nosso trabalho e facilita a interação e o fortalecimento das
organizações. Mas, pelos números da Seris e do Estado, o Sistema Prisional
alagoano é modelo a ser seguido. Os números de fugas e mortes têm diminuído,
assim como de ilícitos encontrados. Antes, um celular, por exemplo, custava R$
500. Hoje, entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. E isso, por causa do nosso trabalho”,
afirma Fabrício.
A
categoria cobra o governo do estado a realização de concurso público, para
reduzir ao máximo o deficit de agentes atuando no Sistema.
categoria cobra o governo do estado a realização de concurso público, para
reduzir ao máximo o deficit de agentes atuando no Sistema.
“No
[Presídio Feminino] Santa Luzia, 30 agentes por dia seria o ideal. No
Baldomero, com mil presos, seriam 50 agentes por plantão para ocupar todos os
postos e oferecer todos os atendimentos. Já se passaram mais de 10 anos do
último concurso. É a segunda profissão mais perigosa. Nós já passamos vários
relatórios para a Seris, para conversar com o governador, pedir concurso. Essa,
hoje, é a nossa prioridade”, conclui o agente.
[Presídio Feminino] Santa Luzia, 30 agentes por dia seria o ideal. No
Baldomero, com mil presos, seriam 50 agentes por plantão para ocupar todos os
postos e oferecer todos os atendimentos. Já se passaram mais de 10 anos do
último concurso. É a segunda profissão mais perigosa. Nós já passamos vários
relatórios para a Seris, para conversar com o governador, pedir concurso. Essa,
hoje, é a nossa prioridade”, conclui o agente.
Fonte: G1 AL