Alagoas
confirmou nesta segunda-feira (9) os primeiros casos da variante Delta do novo
Coronavírus. A informação foi apurada pelo Cada Minuto e confirmada à nossa
redação pelo Governo do Estado.
Conforme
informações, dois casos da variante foram detectados pelo Laboratório Central
de Saúde Pública de Alagoas (Lacen/AL). Um dos infectado é um homem, morador do
município de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano, cuja idade não foi
divulgada. O outro caso foi confirmado em Maceió.
Há
pouco, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, por meio das redes
sociais, confirmou os casos e tranquilizou a população alagoana quanto ao fato.
“Nada
muda no que diz respeito ao enfrentamento da pandemia. Essa variante já estava
circulando em outros estados do Brasil e em outros países do mundo, e agora a
gente confirmou ela aqui no estado. O que a gente deve continuar é continuar
usando máscaras, evitando aglomerações, porque a gente sabe que a variante
Delta tem uma transmissibilidade maior, ou seja, ela infecta mais pessoas de
maneira mais rápida”, alertou Ayres.
O
secretário informou que a Secretária do Estado da Saúde (Sesau) já está tomando
as providências necessárias e ressaltou a importância da vacinação no combate à
variante e à pandemia.
De
acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Brasil já
contabiliza 460 casos de infecção pela variante Delta. Até a atualização da
última sexta-feira (6), o estado com maio número de casos é Rio de Janeiro, com
203. Distrito Federal e São Paulo aparecem em seguida com 73 e 55 casos,
respectivamente. No Nordeste, além de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Maranhão já
haviam registrado casos.
Sobre
a variante
Detectada
originalmente na Índia, a variante Delta já foi registrada, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), em mais de 90 países. Ela é mais contagiosa e
potencialmente mais letal que as demais. Foi detectada pela primeira vez em
outubro de 2020, no estado indiano de Maharashtra. Desde então se espalhou
amplamente na Índia e ao redor do mundo.
Tanto
pessoas vacinadas quanto não vacinadas podem ser infectadas com a variante
delta da Covid-19 e, nos primeiros dias de infecção, desenvolver alterações no
organismo iguais às provocadas por uma gripe ou resfriado comuns, mesmo que se
saiba que duas doses garantem grande proteção contra hospitalização e morte.
As
alterações no organismo são semelhantes às causadas por gripe comum e resfriado
e podem contribuir para transmissão.
Os
sintomas predominantes no início de infecção pela Delta são dor de cabeça, dor
de garganta, tosse e febre. Segundo informações do Ministério da Saúde, nariz
escorrendo, mal-estar e dor muscular também são relatados. Perda de olfato e
perda de paladar são menos frequentes.
Vale
ressaltar que essa variante é a apontada como a mais preocupante pela OMS por
ter a possibilidade de gerar reinfecção em quem já teve a doença ou de
possivelmente escapar da cobertura vacinal. No entanto, nos países com
vacinação mais avançada, a grande maioria dos casos desta variante são em
pessoas que ainda não se vacinaram completamente com as duas doses.
De
acordo com pesquisas, as vacinas contra a Covid-19 são capazes de abrandar a força dessa
variante, no mínimo parcialmente. Todos os imunizantes conseguem evitar o
aumento do número de casos graves, frisando a necessidade de aplicação da
segunda dose, com exceção da vacina da Janssen, que é dose única. As pessoas que já receberam o esquema
completo de vacinação e venham a ser contaminadas pelo vírus terão sintomas
mais leves.
Por Cada Minuto