Atraso na liberação de corpos no IML de Maceió revolta familiares


Na
tarde deste domingo (21), mais de 20 corpos aguardavam por exame no órgão. Há
famílias que esperam há mais de 24 horas no local.

A
demora na liberação de corpos no Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas neste
final de semana deixou familiares revoltados. Na tarde deste domingo (21),
havia mais de 20 corpos para serem examinados, segundo informações de
funcionários no local.

Algumas
famílias aguardam desde a madrugada de sábado (20). Este é o caso da dona de
casa Paula Alessandra da Silva, que aguardava a liberação do corpo do pai, que
morreu vítima de um acidente de trânsito na noite de sexta-feira (19), em
Murici, Zona da Mata do estado.

“É
um sofrimento ficar esperando. Estou de resguardo e fico aqui com meu bebê
porque não tenho como voltar para o interior. Nem prioridade eles dão para quem
está esperando”, disse Paula.

Quem
também estava aguardando desde o sábado era o estudante Rafael Pereira. A irmã
dele foi assassinada na manhã de sábado, no povoado Massagueira, em Marechal
Deodoro, e desde que o corpo foi levado para o IML ele aguarda no local.

“Já
é um sofrimento para a família ter um parente morto e ainda temos que ficar
aqui esperando sem saber quando o corpo vai ser entregue. Não falam nada sobre
qual a previsão e nem se ainda sairá hoje”, reclamou o estudante.

A
assessoria do IML ficou de verificar a situação para enviar uma resposta sobre
a reclamação dos familiares.

O
auxiliar administrativo Gilberto da Silva é de São Luiz do Quitunde e aguardava
desde a noite de sábado pela liberação do corpo do sobrinho, que morreu vítima
de um acidente de trânsito em São Luiz do Quitunde, na região Norte do Estado.

“A
família dele está esperando e não tem nem como marcar o horário do enterro.
Isso é muito triste porque eles querem se despedir do meu sobrinho e não sabem
quando o corpo vai chegar”, falou Silva.

Funcionários
que estavam no órgão e não quiseram se identificar disseram que um médico
legista e um auxiliar estavam de plantão no local. Eles falaram que esse número
de profissionais é o mesmo todos os dias e, quando a demanda aumenta, os corpos
demoram para serem liberados.


Fonte: G1 AL

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