FPI apreende 129 quilos de queijo coalho em Batalha

A
Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
(FPI do São Francisco), interditou uma queijaria clandestina, que funcionava no
povoado Dionel, no município de Batalha. A informação foi divulgada nesta
terça-feira (13) pela Assessoria de Comunicação do Ministério Público (MP/AL).
Na
ação foram apreendidos 129kg de queijo coalho e alguns utensílios plásticos e
em madeira, além de duas prensas. O proprietário do local, também mantinha em
funcionamento uma pocilga.
A
queijaria estava em total desconformidade com as normas sanitárias exigidas e
cometendo várias agressões ao meio ambiente. O que coloca a população da região
em risco.
Os
fiscais flagraram o uso de utensílios enferrujados, bamblonas de armazenamento
sem condição de uso. O espaço onde os queijos eram fabricados, não passava de
um galpão velho, com paredes sujas e com aspecto de abandono. O salão estava
infestado de moscas e até larvas foram encontradas em baixo de um dos
recipientes usados para acondicionar o soro que provém da fabricação do queijo.
“Todo
o processamento está errado, desde o leite produzido para a fabricação dos
lácteos, que provém de um rebanho sem inspeção, até a comercialização, sem
controle dos órgãos competentes”, disseram os técnicos da Agência de Defesa e
Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).
“Porcos*

a pocilga era mantida do outro lado da rua, no terreno onde fica a casa do
proprietário da queijaria. Inclusive, os fiscais descobriram uma encanação que
atravessava a pequena rua e servia para levar o soro que sobrava da fabricação
do queijo para alimentar os porcos.
Os
dejetos vindos do local de criação de porcos eram jogados diretamente no leito
do Rio Ipanema, que corta a cidade de batalha. “Isso gera uma cadeia de
contaminação gravíssima. O queijo é fabricado em condições péssimas, com moscas
pousando no produto, animais circulando no local e trabalhadores manipulando o
leite e a massa de queijo de qualquer maneira”, declarou um dos técnicos.
“Ou
seja, o soro que vem desse queijo é contaminado, serve de alimentação para os
animais, que já são criados em condições que vão de encontro a todas as
precauções higiênicas e sanitárias. Inclusive com todos os dejetos da pocilga
indo direto para o leito do rio. Claramente estamos diante de um crime
ambiental grave que prejudica a população e um dos rios que fazem parte da bacia
do São Francisco”, afirmou.
A
equipe emitiu um termo de apreensão e depósito com o responsável ficando como
fiel depositário de quatro freezeres horizontais, sendo dois de uma porta e os
outros dois com duas portas.
O
proprietário não se apresentou, mas foi identificado por um parente que estava
no local e assinou os termos de apreensão e inutilização e o de depósito, bem
como, o auto de infração emitido por falta de registro de estabelecimento.
Ainda
no local foram apreendidas 17 armadilhas para pescar, mais conhecidas como
covos, que estavam fora das medidas estabelecidas pela legislação.


Fonte:
Folha de Alagoas  com MPE

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