Mata Grande: Conheça a história de Dom Antônio Brandão o primeiro Bispo de Alagoas

Dom
Antônio Manoel de Castilho Brandão, nasceu em Mata Grande, no dia 14 de agosto
de 1849.

O
centenário de um fato político é sempre motivo de regozijo e celebração. Neste
caso, completado um Século da morte do primeiro bispo de Alagoas, vale
registrar o fato como um dever perante a História e para fazer justiça à
personalidade marcante que foi Dom Antônio Manoel de Castilho Brandão.

Nasceu
em Mata Grande, a 14 de agosto de 1849. Filho do Major Antônio Manoel de
Castilho Brandão e de D. Maria Barbosa da Conceição Castilho Brandão, foi
batizado por seu tio, o Pe. Matias José de Santana Brandão, no dia 17 de
setembro de 1849, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, em sua terra natal.

Sua
educação foi confiada aos avós paternos Anacleto de Jesus Maria Brandão e Maria
Francisca, passando a residir em Pão de Açúcar, onde iniciou seus estudos
primários, continuados em Penedo no Colégio N. S. da Conceição, mantido pelo
Dr. José Próspero Jeovah da Silva Caroatá.

Seus
estudos eclesiásticos foram feitos no Seminário de Olinda, vindo a ordenar-se
no dia 30 de maio de 1874, no Ceará, por não haver bispo na ocasião em
Pernambuco.

A
sua primeira missa foi celebrada na matriz do Sagrado Coração de Jesus, em Pão
de Açúcar, no dia 19 de julho de 1874. Foi pároco da Freguesia de Floresta,
Estado de Pernambuco, de janeiro de 1875 a março de 1879. Daí em diante passou
a paroquiar a Freguesia de Santana do Ipanema.

Em
20 de novembro de 1886, foi nomeado vigário da cidade de Alagoas (hoje Marechal
Deodoro). Já em 7 de setembro de 1894, foi nomeado bispo de Belém, Estado do
Pará, tomando posse somente em fevereiro de 1895, posto que só seria sagrado
bispo em Roma, a 18 de novembro de 1894.

Com
a criação da Diocese de Alagoas, em 1901, foi D. Antônio Brandão nomeado seu
primeiro bispo, em agosto daquele ano, posto em que veio a falecer, em Maceió,
no dia 15 de março de 1910.

Àquela
época, estava à frente da Paróquia de Pão de Açúcar o Pe. Júlio Albuquerque, um
dos mais importantes intelectuais do clero alagoano e um dos fundadores da
Academia Alagoana de Letras. Na missa dominical do dia 21 de março de 1910,
pronunciou uma eloqüente “oração fúnebre” (assim intitulada quando da sua
publicação pelo jornal A IDÉIA), em que enaltece as suas qualidades:

“D.
Antônio Brandão possuía, no seu caráter adamantino, uma força de vontade
superior. Tinha, nos atos de justiça, sentenças de Salomão. Não via obstáculo
quando se tratava de procurar o bem da religião, a cujo serviço dedicou-se,
ininterruptamente, dando-lhe o melhor de sua robustez moral e as primícias de
sua mocidade.”

“E
hoje que, cheios de luto, assistimos a esta última homenagem que a religião nos
inspira; hoje que juntamos a tristeza de nossas lágrimas à funérea luz desses
círios, que também lacrimejando ornamentam este monumento de morte enviemos, do
fundo do nosso coração, à porta do tabernáculo da Divindade, uma prece
carinhosa e cheia de fervor, para que breve chegue ao trono de Jesus Cristo a
alma imaculada do primeiro bispo de Alagoas e, das mãos de Deus, receba ele a
palma da imortalidade e da eterna glória.”


Fonte: Blog do Etevaldo

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