Michel Temer é preso pela Lava Jato; PF faz buscas por Moreira Franco


Mandados
foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.

Por
Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1
Rio
O
ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira
(21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado
contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
Preso,
Temer é levado para o Aeroporto de Congonhas, onde vai embarcar em um vôo e
será levado ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente
deve fazer exame de corpo de delito no IML em um local reservado e não deve ser
levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa.
Imagem
de arquivo de junho de 2018 mostra o então presidente Michel Temer com o então
ministro Moreira Franco durante assinatura de decretos que regulamentam o
Código de Mineração  — Foto: Antonio
Cruz/Agência Brasil Imagem de arquivo de junho de 2018 mostra o então
presidente Michel Temer com o então ministro Moreira Franco durante assinatura
de decretos que regulamentam o Código de Mineração .
Desde
quarta-feira (20), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer,
sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã
desta quinta-feira atrasou.
O
G1 ligou para a defesa de Temer, mas até as 11h25 os advogados não haviam
atendido a ligação. Ainda não está claro a qual processo se referem os mandados
contra Temer e Moreira Franco.
O
ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no
Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista
era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois
que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís
Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por
isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a
primeira instância.
Entre
outras investigações, Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que
está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes
Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1
milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de
Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel
Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Michel
Temer (MDB) foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em
31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final
do mandato, encerrado em dezembro do ano passado.
Eleito
vice-presidente na chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o
coordenador político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo
do segundo mandato.
Formado
em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu
cargos no governo estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de
1980, foi deputado constituinte e, alguns anos depois, foi eleito deputado
federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.

Mandados
foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.
Por
Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1
Rio
O
ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira
(21) pela força-tarefa da Lava Jato. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado
contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
Preso,
Temer é levado para o Aeroporto de Congonhas, onde vai embarcar em um vôo e
será levado ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente
deve fazer exame de corpo de delito no IML em um local reservado e não deve ser
levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa.
Imagem
de arquivo de junho de 2018 mostra o então presidente Michel Temer com o então
ministro Moreira Franco durante assinatura de decretos que regulamentam o
Código de Mineração  — Foto: Antonio
Cruz/Agência Brasil Imagem de arquivo de junho de 2018 mostra o então
presidente Michel Temer com o então ministro Moreira Franco durante assinatura
de decretos que regulamentam o Código de Mineração .
Desde
quarta-feira (20), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer,
sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã
desta quinta-feira atrasou.
O
G1 ligou para a defesa de Temer, mas até as 11h25 os advogados não haviam
atendido a ligação. Ainda não está claro a qual processo se referem os mandados
contra Temer e Moreira Franco.
O
ex-presidente Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no
Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista
era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois
que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís
Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por
isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a
primeira instância.
Entre
outras investigações, Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que
está com o juiz Marcelo Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes
Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1
milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de
Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel
Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Michel
Temer (MDB) foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em
31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final
do mandato, encerrado em dezembro do ano passado.
Eleito
vice-presidente na chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o
coordenador político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo
do segundo mandato.
Formado
em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu
cargos no governo estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de
1980, foi deputado constituinte e, alguns anos depois, foi eleito deputado
federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.

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